Friday, May 15, 2009

Super Banda do Touguinha

Passadas as emoções de cantar numa superprodução musical, voltei às bandas de baile.
Desta vez, entrei para um grupo bem maior, com vários sopros e cantores, quase uma orquestra e montada e dirigida por Fausto Touguinha, conhecido percussionista, pai do Salvador Touguinha (mais conhecido como Tiquinho, guitarrista e contrabaixista muito talentoso).

Éramos 3 cantoras, mas somente eu tinha experiência, minhas colegas possuíam apenas "a vontade de ser cantora" que era sentida por muitas garotas, mas manifestada na realidade por bem poucas.
Após algumas apresentações, ficamos apenas duas (a terceira, teve performances patéticas no palco): Rose e eu (a Rose, após essa experiência, desistiu da carreira musical, casou e tornou-se evangélica - o que será que a fez mudar tanto assim de trajetória?).
O cantor era o Medina, conhecido pela sua atuação nos carnavais portoalegrenses.

Já que falei em Carnaval, nunca tinha trabalhado num e resolvi experimentar.
Foi só esse mesmo, pois além do trabalho cansativo, extenuante, o dinheiro não chegava a compensar tanto desgaste. Começávamos na sexta-feira à noite e só parávamos na noite de terça, sem contar os bailes infantis de sábado e terça à tarde.
Cantava exclusivamente músicas da Gal Costa - seus frevos - pois as cantoras brasileiras não haviam descoberto ainda esse filão (hoje acontece o contrário, as cantoras tomam conta do repertório no carnaval, vide Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Cláudia Leite e outras).
E fazia alguns vocais nos clássicos carnavalescos, mas a maioria dos tons ficavam difíceis de ser alcançados por nós, já que eram escolhidos para voz masculina e para o registro dos sopros.
Então, na verdade o que mais fazíamos era ficar dançando e pulando, pagando um grande mico com aquelas fantasias coloridas e sumárias... por isso mesmo, repito que foi minha primeira e única experiência em palco, nas folias momescas!

Duas imagens das minhas atuações no Carnaval; esta mostra o primeiro BAILE VERMELHO E BRANCO, realizado pelo Internacional S. C., no Gigantinho; atentem para o visual... minha parceira Rose (ano de 1982):



Essa outra foi registrada no Teresópolis Tênis Club, no seu BAILE VERDE E BRANCO; aparecem, além das cantoras, o baixista Luis e a cabeça encaracolada do Medina:



Muita gente atuava na banda, não sei se vou lembrar de todos os nomes: Medina, Rose e eu (cantores), Touguinha (dono e percussionista), Tiquinho (guitarrista), Luis (baixo), Charão, Laci, Sílvio, Geraldo (sopros, me perdoem os que estão faltando relacionar), Barel (batera), tecladistas tivemos vários, um deles era músico da OSPA, o Giovanni - uma das nossas apresentações:



Reparem no meu modelito dourado e cheio de babados - pasmem, mas era up-to-date!



Quando saí dessa banda, fiquei algum tempo em outra - o Elenco, do Saleh - mas trabalhávamos demais (de quinta a domingo), com muitas viagens e tocando em muitos "clubes de coroas" - comecei a me entediar e perder a vontade de cantar - estava fazendo um trabalho que me oferecia pouquíssimo prazer e muito desgaste de energia.
Creio que o trabalho mais legal que fizemos foi participar da primeira Festa do Disco em Canela, promovida pelo Fernando Vieira, onde conheci muitos músicos do Rio e São Paulo durante o fim-de-semana em que lá fiquei.

Resolvi dar um tempo e, logo depois, comecei uma nova fase: A NOITE!

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