Thursday, February 24, 2011

Burlesque

Não sou muito fã de filmes musicais (apesar de amar música e cinema), mas acompanhei minha filha adolescente para assistir a Burlesque, onde atuam as estrelas Cristina Aguilera e Cher. Já fui avisando: "se for chato, vou dormir..." e ela: "tá mãe, só não ronca!"
Para minha surpresa, as cenas iniciais me conquistaram e fiquei atenta e emocionada até os créditos finais.
Mais tarde, li inúmeras críticas sobre o filme e todas elas o queimavam sem dó nem piedade. Tive certeza que é melhor não ler críticas antes de ir verificar pessoalmente um trabalho artístico - certamente, perderemos várias e prazeirosas oportunidades!
Aguilera e Cher fazem o que deve ser feito com seus personagens: cantam, dançam, interpretam sem achar que ganharão o Oscar do século.

Vou rebater alguns dos comentários da "crítica especializada":

A história é cheia de clichês: aos clichês, prefiro denominar "uso de arquétipos", isto é, lá estão a vilã e o vilão, a mocinha (Cinderela), a protetora, o herói, o amigo de todas as horas... os contos de fada usavam essa receita e estão vivos até hoje.

Cher tem pouca participação (além de ser canastrona) e canta apenas duas canções: Cher é uma diva e tem que agir como tal! A atriz que tem que mostrar seu talento exaustivamente é Aguilera, para Cher é o momento de comprovar que é um mito. Conservadíssima (sabe-se lá à custa de quantos procedimentos estéticos...) e magnética, Cher brilha, apesar da inveja de outras mulheres que não ousam cometer as mesmas loucuras!

O filme copia inúmeros outros, como Moulin Rouge: não existe mais nada original sobre a face da Terra, tudo que é criado tem no seu interior pedaços de outras criações, tudo está entrelaçado. E apesar de ter temática, cenários e situações similares, cada obra é ímpar.

Belas canções com brilhantes interpretações, coreografias fantásticas, cenários deslumbrantes, drama, humor e muita fantasia, que cinema também existe para embalar nossos sonhos mais secretos!