Friday, October 9, 2009

Voltando aos bailes: o início


Em 1985, quando fui convidada pelo Luiz Otávio, crooner do Conjunto Melódico Norberto Baldauf, para atuar como "cantora convidada" em apresentações do grupo (que seriam esporádicas, segundo suas palavras), não pensei que atuaria com eles por 22 longos anos...

A foto é da formação de 1985, quando entrei no grupo, com exceção do baterista: na imagem, está o Toninho, substituindo o Calcanhoto (pai da Adriana) que não encontrou tempo para as inúmeras viagens que o conjunto passou a fazer; da esquerda para a direita estão:

VITOR CANELLA - acordeonista
TONINHO KLEIN - baterista
JUCA FEIJÓ - contrabaixista
NORBERTO BALDAUF - pianista
TOUGUINHA - percussionista
KAZU - cantora
RAUL LIMA - guitarrista
LUIZ OTÁVIO - cantor
HEITOR BARBOZA - vibrafone/teclados

Para mim, essa foi a melhor formação nesses 22 anos, tanto em qualidade musical quanto na qualidade do relacionamento pessoal - havia uma grande amizade entre os componentes do grupo, muitas brincadeiras, gozações, zoeira nas viagens, mas muito respeito e profissionalismo - aspectos que foram se perdendo à medida que os anos avançaram e muitas substituições foram feitas.
Mas isso ocorre com todo o tipo de relação, seja pessoal ou profissional: o desgaste natural e as mudanças, que nem sempre são positivas ou acrescentam, pelo contrário, roubam aos poucos a antiga magia, nunca mais recuperada.

Singing in the happy hour at the mall


Depois de sair do Thiffany's (que alguns meses depois, fechou), fui convidada pelo Garoto para cantar no Riversides, um charmosissímo happy hour dentro de um shoping center - o Praia de Belas. Na verdade, ele fazia parte de um complexo, que incluía mais dois restaurantes, um pequeno e sofisticado e o outro, um "bastantão" chic.

Novamente, o horário me atraiu - das 19:30 até a meia-noite - apesar de que, inúmeras vezes, ultrapassamos esse horário, devido ao enorme sucesso da música, que segurava os etílicos clientes até mais tarde. Ainda bem que o shopping tinha um horário para fechar, caso contrário, sabe-se lá a que horas iríamos embora...

O grupo, no início, era um trio, com o Garoto, eu e o Everton Pires no baixo - essa formação não durou muito e logo o baixista era o Everson Vargas - mais tarde, entrou um batera - Ronie Martinez. Muitos músicos passaram pelo pequeno palco do Riversides, como o "dindo" Wladimir Lattuada e seu maravilhoso saxofone.

O público era formado por muitos advogados, já que que os Fóruns Trabalhista e Civil ficavam em frente ao nosso prédio - durante pouco mais de um ano, a casa estava sempre cheia e animada e éramos convidados para tocar em várias festas particulares.
Mas como nem tudo que é bom dura para sempre (nem o que é ruim, graças aos deuses), o Riversides foi vendido para uma empresa que não entedia nada de entretenimento - a AVIPAL - a música foi cancelada e, logo depois, todo o complexo foi desativado. Essa empresa entende bastante é de torturar galinhas, criando-as em condições desumanas e precárias, amontoadas aos milhares para obter uma poderosa produção de carne e ovos... bem, isso é uma outra história.



Ainda no quesito "noite", cantei algumas vezes na Casa de Cultura Mário Quintana, numa intervenção organizada pelo baixista Jorge Gerhardt e com a agradável companhia, ao piano, do Fernando Corona - grandes parcerias! Foram algumas noites tranquilas no belo espaço do Café Majestic, tocando e cantando um repertório muito especial. Fiz alguns outros trabalhos com o Jorge, que é especialista em montar rapidamente grupos de bons músicos para eventuais apresentações - todas as que participei até agora, foram grandes e produtivos encontros musicais!

A seguir: 22 anos com o Conjunto Melódico Norberto Baldauf